Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto. Is 55:6
O capítulo 55 de Isaías encerra verdades importantes do convite de Deus a todos os homens.
Os vv 1 e 2 apresentam uma água e uma comida que estão á venda sem dinheiro e sem preço. A idéia é alguém com muita sede e com muita fome, tendo á sua frente aquilo que poderá satisfazer suas necessidades. Ou seja, água, vinho e leite para matar a sede, e pão para matar a fome. Tony Evans diz que fome e sede existem porque existe água e pão para satisfazê-las. Não dá para comprar, então é necessário aceitar porque a vida eterna não pode ser adquirida, somente recebida como uma dádiva. É necessário então abrir mão daquilo que pra mim é tão importante, e aceitar aquilo que pra mim no momento é indispensável, necessidade extrema: a água e o pão da vida.
Haveriam muitas lições para serem tiradas, porém gostaria de refletir sobre o vv 6, cerne deste capítulo. Geralmente ele é utilizado para pregar a descrentes, mas atente para o fato de que até então, Deus não está falando com descrentes, está falando com o seu povo. Alguém precisa beber da água, alguém precisa comer do pão, alguém precisa inclinar os ouvidos, porém esse alguém é o povo de Deus. Quer dizer, tem alguma coisa errada com o povo de Deus. Eles foram escolhidos, separados para testemunho ás nações, tem todas as bênçãos á sua disposição, porém tem alguma coisa errada na vida deste povo. Não estão buscando seu Deus. Não estão tendo comunhão com Ele, por isso o convite. Precisam conhecer a Deus para poder falar Dele, testemunhar Dele.
Essa mensagem se torna atual quando penso na minha vida e na vida da minha própria igreja. Muitas vezes ao trabalhar pra Deus, Ele se torna cada vez mais desconhecido. Há pessoas morrendo de sede debaixo da cachoeira da água da vida. Há pessoas morrendo de fome trabalhando na padaria de Deus. É necessário buscar ao Senhor enquanto ainda há tempo, enquanto sua graça e seu amor ainda estão á nossa disposição. Ninguém pode dar aquilo que não tem, mas quando tivermos verdadeira comunhão com Deus, os métodos serão secundários, porque as nações virão até nós para ouvir falar de Dele (vv 5).
Quando criança, tínhamos diversas brincadeiras. Uma delas era a igrejinha. Quando íamos visitar os parentes no interior, reuníamos todos os primos e primas, construíamos uma capelinha de palha e lá íamos nós. As meninas pegavam vestidos das mães, os meninos colocavam a gravata do pai, e o pastor colocava um blazer. Cantávamos, tirávamos as ofertas, tinha a mensagem musical, e também o sermão do “pastor”. Tudo era de mentirinha, e quando terminávamos, tirávamos as roupas de igreja e voltávamos a brincar de outras coisas, brigar por muitas vezes, e esquecíamos que há pouco estávamos na igrejinha.
O que isso tem a ver comigo? Talvez tenha bastante. Parece que ás vezes estamos brincando de igrejinha. É fácil dizer que somos “a igreja verdadeira”, o “povo escolhido de Deus”. Difícil é viver como tal. Até quando vamos brincar de igrejinha? Não vai dar pra brincar de entrar no céu, porque ir pro céu é coisa séria. Só quem leva Deus a sério poderá entrar lá.
Não conheço você, mas Deus conhece. Quanto tempo faz que não o busca? Que suas orações tornaram-se clichês? Que sua bíblia fica empoeirada? Se esta é a sua realidade...
Buscai ao Senhor enquanto se pode achar!